quarta-feira, maio 27

a campanha

Oficialmente começou agora. Na realidade já tinha começado.
Há duas candidaturas a sério e várias curiosidades.

Paulo Rangel (PSD) e Vital Moreira (PS) disputam os votos e estão quase iguais. qualquer deles pode ganhar.
Vital representa o velho Portugal político do PC recauchutado em PS. Já não tem nada de heróico esta viragem de casaca. A esquerda despreza e a direita também. É professoral, velho e chato. É regimoso, é da situação. Não entusiasma.
Rangel é mais novo, mais rápido, consegue melhor contacto com as pessoas. Na sua táctica de cascar no governo, lá vai escolhendo temas europeus. Mas são periféricos. Nunca discute nada de central, de institucional, de verdadeiramente importante.
Gostava de os ouvir, ambos, sobre o alargamento versus aprofundamento, sobre o Tratado de Lisboa. Vital veio trazer agora um tema querido do federalismo: o imposto europeu, mas fê-lo dum modo tão canhestro que causou um efeito perverso.

Não, estas eleições não deviam ser tidas como «primárias» das legislativas (tese MRS).
Nunca umas eleições para o Parlamento Europeu foram tão importantes.