Angela Merkel, numa conferência na Univeridade Humboldt de Berlim, deixou claro que não deve haver alargamento sem a entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Estas conferências na Universidade Unboldt são tradicionalmente o forum onde os Chanceleres alemães colocam os fundamentos da sua política europeia. Assim fixada, a posição alemã e não permite qualquer ilusão: não haverá mesmo alargamento fora do quadro da nova estrutura política da UE.
Como já só falta o referendo irlandês e a pressão para a adesão de novos membros, p. ex. a Islândia, é fortíssima, não parece possível que a Irlanda mantenha o seu "veto" por mais tempo. Na Irlanda - e não por acaso - as sondagens prevêm um maioria clara favorável ao Tratado de Lisboa: 52% a favor e 26% contra.
Por tudo isto, é previsível que o Tratado de Lisboa venha a entrar em pleno vigor antes do fim do ano. Com o Tratado de Lisboa em vigor, o Parlamento Europeu ganha um poder e uma importância política como nunca teve.
É estranho, nesta circunstância, que venha a haver um nível inusual de abstenção. Sobretudo, não é inteligente.
Também é estranho e ininteligente que na campanha eleitoral este não seja o tema central. É muito claro o défice de qualidade política das lideranças dos dois partidos que verdadeiramente contam nesta eleição.
domingo, maio 31
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