O Tratado de Lisboa foi referendado por 67,1% dos irlandeses, mais de dois terços. Agora faltam apenas a Polónia e a República Checa. Na Polónia, o legislativo já votou, mas o Presidente (eurocéptico, pró-americano) recusou-se a promulgar até que os irlandeses referendassem; agora diz que está à espera dos resultados oficiais, mas vai assinar no princípio da semana. Na República Checa o Tratado de Lisboa foi também aprovado pelas duas câmaras do Parlamento, mas houve dez senadores que pediram a pronúncia do Tribunal Constitucional, e o Presidente (eurocéptico, pró-americano) aproveitou para dizer que não pode promulgar enquanto o tribunal se não pronunciar; mas como o Presidente depende da confiança política das duas câmaras, não poderá manter esta atitude por muito mais tempo.
Agora, a ala mais direitista (leia-se: pró-americana) do Partido Conservador quer que, apesar de já ter sido ratificado pelo Reino Unido, o Tratado seja submetido a referendo mesmo que já tenha entrado em vigor quando (segundo prevêem) vierem a ganha as próximas eleições; o líder tinha dito que só o submeteria a referendo se ainda não tivesse entrado em vigor (leia-se: ainda não tivessem assinado os Presidentes polaco e checo). Na sequência desta atitude, a desvantagem dos trabalhistas baixou 5%.
Não obstante todas estas tentativas (mais ou menos desesperadas) de travar o rumo natural da História, é de esperar que cedo venha a entrar em vigor o Tratado de Lisboa.
A União Europeia ganhará eficácia na acção, o Parlamento Europeu ganhará maiores poderes e passará a ser melhor fiscalizado pelos Parlamentos dos Estados Membros.
A Europa, com os seus mais de 500 milhões da habitantes e a maior economia do mundo, tornar-se-á cada vez mais relevante. Cessará a relativa fraqueza consequente da sua fragmentação.
domingo, outubro 4
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